sábado, 3 de janeiro de 2009

coração de flor



o pulsar desabrochado
desse teu seio amado
sangra nas minhas veias
o teu perfume de sereia

coração desbotado, alado
perdido nesta vida cheia
de uma paixão, viver calado
louco por tí, em mim candeia

as pétalas do teu riso
que meu sensual preciso
teus lábios devoram

botão em flor, narciso
não sou, pois te adoram:
meu amor, meu vício

Sergio, beija-flor-poeta

cor de flor



transparências, arco-íres em branco
seria a cor vermêlha teu amor, encanto
de laranja seu amarelo desfrutando
o verde quase maduro de tua pitanga

azul-celeste dos teus olhos nêgros
acastanhados de um verde meio óca
de folhas no outono, cinzas arvoredos
abacaxí salgado com o doce sabor de pipóca

rosas deslumbrantes em seu explendor
colorindo a escuridão do dia, jardim do amor
noturno, escuro na tempestade sem cor

perdido no arco da íres dos teus olhares
encantados pelo amor , sublime cololares
no teu jardim de mulher, color do amares

Sergio, beija-flor-poeta

manias de você



me perdí no bater asas dessa paixão avioletada
contida no coração de beija-flor repleto de beijos
guardados somente para o teu seio, oh amada
cheia de mistérios, paixões, amor, segredos

de um navegares velejante na tua mais pura alma
aventureira de mulher, galopando caminhos estreitos
que te levam ao meu jardim, tornando-o perfeito
com a tua semente na primavera do purpurares enflorada

banhada com o orvalho do nosso harmônico bem-querer
de uma sina conjunta: destino do nosso viver
estilizado pelas pautas sonóricas do teu seio violino

que eu, mesmo ainda em tempos de curumim-menino,
ao destino do nosso amor cegamente - ao teu eterno ser,
me entreguei. E hoje, na ressonância do teu amor, me afino.

Sergio, beija-flor-poeta

o quereres de bêbê



quero me embaralhar nos teus cabelos de bêbê
quero nadar na tua praia, em tua onda morrer
quero estar infiltrado no teu doce olhar
quero renascer no teu mais doce amar

quero nada mais do que ter esse teu ser
quero ainda um pouco mais do que te querer
quero te sentir em todos os sentidos do ter
quero em tí, tu em mim, nessa loucura se perder

quero me atravessar na tua garganta, te decifrar
quero me engasgar nos teus mistérios, me apaixonar
quero me livrar do mundo inteiro, ser teu paladar

quero me grafar nas tuas ondas de beija-flor-menina
quero ser teu próprio néctar, doce-azedo de nectarina
quero morrer nos teus abraços e abraçar nossa sina

sergio, beija-flor-poeta

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

araras, oh bela



e o rio amazonas escorrega entre raízes
das árvores altas, arranhas-céu florestais
cortando nuvens, estrelas verdes, meretrizes
arco de íres desse teu riso febril - magistrais

ráios luares entre frestas nesse teu florires
sorriso de uma amazonas, bella dona arais
de araras que Arabela a mim o seio abrires
num pulsares, num palpitares, cantos nartigais

de uma araponga errante ao teu coração
de mulher, de rainha, de princesa, de donzela
afinando em operetas de amor - nossa canção

a mais feminina dentre todas as aquarelas
harmonias diatônicas do teu ressonante violão
no amares: entre beijos e desejos - oh bela Arabela

Sergio, beija-flor-poeta

Bê-beija-flor





Com meu barquinho,


vou seguindo
o vento levinho,


ancorei
no seu porto,


e na euforia
dos teus versos,


me esqueci
que sou
rima,


e virei
o verso
amar...


Que lindo
navegar
amigo,





quanto
leio
um
verso
seu,
acabo
fazendo verso,
brincando
com o seu verso

e o verso
só navega sozinho
se o porto
que encontrar
for poesia
e lirismo
Se for natureza
fica feliz
e se perde
nas flores
a espera
do beija flor.





Betânia Uchôa

o betâniares beija-florido




quem brinca com meus versos
anda brincando comigo
que maravilha ser os restos
se não consigo ser primício

e se primício fosse, nem quero
pois esses teus versos, confesso
me afogam num mais querer: aflito
de estar no teu seio, amigo

das tuas poesias, minha musa
então vem, toma conta de mim
não se restrinjas, me usa e abusa

que em rimas me fazes feliz assim
dentro do teu amar, o viver degusta
essa mulher que és, pérola nêgra: marfim.



Sergio, beija-flor-poeta

o sol e a lua



Até parece que o sol se encontrou
com a lua e um arrebol procurou
de flor linda e toda púr- pura,
ofertando-a corn ternura

para a lua, pelo seu amor,
expressado na bravura,
na vida, brilho e esplendor

O dia amanheceu tão lindo
sem o sol estar raiando...
Ou ele continua dormindo,

ou ainda está namorando
hão de levantar sorrindo
alí no horizonte surgindo
os dois, felizes,cantando...


Sao Luis, MA, ilha do amor

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

teu violão



fui velejando na maré de neve
quisera fosse deslizar em breve
nas tuas curvas, no teu violão
esquiar nas tuas ondas: paixão

te arrupiando, te levantando do chão
a dois palmos da terra, no coração:
um beijo beija-flor, um amar de leve
rosa eterna, teu néctar em mim ferve

e tão lindo é teu gemido, tua canção
éco entre montanhas de amores
num vai e vem dessa tentação

e nós suportamos essas dores
tu, mais linda que as flores
minha vida, minha rosa em botão

Sergio, Beija-flor-poeta

o retorno



a chuva seca a garganta disfarçada

e ainda pensara em navegar ondas

de uma maré baixa, molhando os pés

e decidí arquear as velas e voar ao nada


sem destino, horizonte de ponta a ponta

perdição, se o amor chegar ao convés

esse orvalho salgado na rosa despetalada

escondendo o doce da bela fera que és


um espêlho de tangerina mordida

ao meio, silhueta regada de vida

num tango argentino, esquecida


de que o riso beija o beija-flor

cheio de felicidades, se é dor

de amar, deixe partir; ái amor!


Sergio, beija-flor-poeta

Pétalas silhuetadas




Hoje enchí minhas retinas oculares
com as lágrimas da feliz felicidade
de poder deglutir o mais doce amares
de ser eu mesmo, voar em liberdade

hoje sentí as lágrimas num breve palpebrares
acariciando minha mais breve facialidade
transbordando de um eterno orvalhares
repleto de prazer contidos na sincera amizadede

estar no meio de um todo, sendo parte
dos poemas sentidos, vidas simplesmente amadas
a cada beijo-beija-flor em teu botão, nua arte

de navegares em tuas ondas felinas, cataratas
do iguaçú lavando meu pranto, meu venus-marte
deslumbrante mar de pétalas, poesias silhuetadas

Sergio, beija-flor-poeta

feliz ano novo



um bebê chorão, entre explosões
sanguíneas e cheias de tentações,
rosas no céu das imaginações:
felicidades, paz, amores, realizações

encantos de um beija-flor: botões
da rosa se abrindo para beijões,
nesse navegar em pleno mar: corações
agalapados de pétalas, sensualizações

nas ondas na maré de teu mulher: canções
em rítmos de um bem-me-quer: paixoes
me enlaçando nos teus abraços: razões

para ser feliz dentro de tí: incarnações
dos acordes mais vivos: gerações
harmoniosas pautas musicas: eternizações

Sergio, beija-flor-poeta