sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O medo alcova




Toda rosa

NASCe Da SEMENTe,

toda bate um coração,

TODa ALMa

ama e sente

As FLECHADAs

da paixão:

É PRo BEm, MELHOr

se despetalar

PELo AMOr,

a viver pela desilusão.


Sérgio, beija-flor-poeta


Terno, o eterno



As correntezas,

ENTRE As FLECHAs,

do relógio:

SEUs PONTEIROs,

em pressa,

NO MEIo DAs ÁRVOREs AMAZÔNICAs:

navego eu,

O BOTÃo AINDa EM FLOr,

desvirginado pelo beijo,

DE RÉGIa NASCIDa,

no centro da selvageria,

INCONSCIENTe E SANTa,

Das formigas de fogo,

JACARÉs E PIRANHAs,

anacondaS e lagartoS,

E Eu, BEIJa-FLOr,

entrego-me

Às PÉTALAs

da eternidade:

MEu MAIs ETERNo AMOr.


Sérgio, beija-flor-poeta


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

nosso encontro



Se te sigo
e mesmo me sigo
é que seguirei
os nosso passos
seguidos pela imensidão
do silêncio que nos segue:

não se persegue o amor,
ele não é criminoso,
no vero sentido
de si mesmo,
porém, do que
me faz louco
por segui-lo.

Siga-me,
ó amor,
siga-me
com os pés nús
e as mãos desatadas
na beirinha da praia
lotada de desejos
e anseios
de quem tanto te segue
nessa perdição
de lua enluarada
a seguir seus passos,
ó onda perfeita
seguindo tal navegante
errante por natureza
da fina-flor,
mais formosa pepita
cujas pétalas
o perfume do seu néctar
sigo:
em frente,
ao nosso encontro, ...
sigo.

Sérgio, beija-flor-poeta