sábado, 4 de julho de 2009

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Vim te seguir,
assim quem segue
à meia luz do lampião
na esquina de Ypanema
ao ressoar o meio dia
a cada passo
descendo a ladeira:
É o Brasil !
gritei a esmo,
pois sei,
desde então,
que se trata
de uma amizade
suprema
entre a maré
e as ondas perdidas
de Yracema,
outróra ainda virgem,
porém, até hoje,
com seus lábios de mel
a amargarem
as saudades e a ânsia
de acariciar as estrelas,
que em versos seja
esse reverenciar
de amores em plena
Castro Alves
às margens da Sé,
aos pés do Redentor.

muito lindo o teu recanto.

Abraços

Sérgio, Beija-flor-poeta

Alucinação poética




quando eu escrevo,
perco os sentidos
sobre mim
e escorregam entre dedos
as linhas de Serafim
a se encherem de versos,
uns geniais, outros prestos,
uns de amores, outros protestos
calando a voz da razão
pela exuberancia do vulcão
que as sílabas, confesso,
até me atiram o coração,
como se fosse o álvaro
na espera da lança certeira,
que virá, talvez mais tarde
ou mesmo mais cedo
do que se pensara
e a rosa despetalada
ainda sustenta em si
a meiguice da ternura
contida nos lábios
da flor de mandacarú.
Eu tivera medo
de me espetalar
no néctar da meiga flor
que teus olhos orvalharam
em dias de lua,
em noites de sol.
E nao dormira,
e não acordara.
Fosse tudo vão, ...
e que haja sido
pelo sublime do teu amor.

Sérgio, beija-flor-poeta