terça-feira, 21 de abril de 2009

Odisséia de Beija-flor - Soneto II


O meu seio tagarela, ainda criança,

na feliz esperança de aquarela

em cores dequiméra, és lembrança

que arco-íres entrança a rosa bela,


cuja paixão, aquela dor estranha,

é espinho que arranha e mata a fera

pelos beijos da bela, se me encanta e

pela dor acalanta a angústia, a espera


de em teus braços estar e amanhecer

quero teu merecer iluminado e nos

encantos enlaçado, o amor viver


no eterno florescer , viva o encantado

e, que assim meio orvalhado o renascer

do sol no amanhecer: flor - beija o amado.

Sérgio, o Beija-flor-poeta

domingo, 19 de abril de 2009

o toque de isis





bailarinas amazônicas fisgam zeus,
que outrora a afrodites pertenceu
e, fisgado pelos carinhos de orfeu,
não fostes tu, fui simplesmente eu

acordando pras tuas notas musicais,
um suingue rimado com o magistral
jeito de seres o o que a vida nos traz:
amor, carinho, amizade e algo mais.

E se tu me tocas assim o peito sutil e
me embalas nas ondas do terno amor,
eu me alimentarei do néctar mais viril

e me entregarei às loucuras dessa dor.
Que a sina vença a razão, o que quis,
foi mesmo viver essa vida, beija-flor.

Sérgio, o Beija-flor-poeta.