quarta-feira, 6 de maio de 2009

surdez de beija-flor




Essas tuas curvas rimadas
com lindos versos de Orfeu
são luzes nas madrugadas
relampejando o amor meu.

Minha vida toda encantada
é sinônimo de Ái meu Deus,
tu, doce magia versificada
a me transformar em Zeus,

esse poeta cantando amor
e se néctando, quem dera,
pousasse em tua meiga flor

se rimasse as tuas pétalas,
orquídea nêgra: encantador
o sonho de ser teu beija-flor.

Sérgio, beija-flor-poeta

gargalhadas noturnas



vem e me morda,
abra a boca
toda sedenta
e ardida de um querer
ser beijada.

vem e me morda,
quero sentir
o teu mel proibido
escorrendo umbigo a baixo,
no passear da tua língua
nua e louca
a me redescobrir
os pensamentos ainda virgens
a se quebrarem, a se romperem
com a ternura do nosso galopar,
ondas da maré sensual
beijando a areia, o mar.

vem e me morda,
quero sentir teu seio
tremendo de desejos
e anseios dos teus arrupios
à flor da péle
gritando baixinho
o meu nome: amor.

Sergio, o beija-flor-poeta

que se dany o mundo.
eu tambem.


quem nao entender a liberdade
deve parar de ler poesias
quem nao souber o que é liberdade
deve parar de ler poesias
quem quiser enjaular a liberdade
deve parar de ler poesias
quem um dia souber o que é poesia
deve ler a liberdade.

sergio, o beija-flor-poeta

terça-feira, 5 de maio de 2009

o fogo sagrado




beija-flor possue o sagrado
do fogo apagando tua frieza,
ó vida insana, amor cansado
quanta ternura, não esqueça

que tu me torturas queimado
pelas chamas do amor, teima
o abismo em me sugar, pasmo
me afogo ao beber a clareira

das tuas chamas, meu vício
de sempre em ti me entregar
brazas de princesa, precipício

que vivo sempre a me atirar
sem salvacão, ó meu martírio,
que delírio é poder te amar !


Sergio, beija-flor-poeta

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Inimiga



como posso te amar tanto
e como posso eu te querer,
será esse meu desencanto
de me despetalar em você ?

Como posso negar ao viver,
se me devoras: paixão, canto
das ondas que não posso ter
apenas a morte, o desengano

são consequências flechadas
dos beijos assim comsumindo
os anseios, loucuras amadas

pelo hábito de viver sorrindo,
é quando eu, pedras atiradas
os meus sonhos vão cobrindo.

Sérgio, beija-flor-poeta

olho nu




o mistério da raiz
está no enraizar
está no florescer
está no amamentar
e ser feliz
flor de raiz

abraços amigo, até me inspiro
e enraizo a raiz dos teus versos
que de certo frutificastes.

Amigo

Sérgio, beija-flor-poeta

seio egoista




beijar-te, ó flor
afagaria minha dor
e seria eu
uma pétala tua
a te acariciar nua
e ser teu véu
a voar no céu
com as asas
da imaginária
que o teu seio se arrupie
quando o vento do norte
soprar ofegante
trazendo saudades
que tenho
dos lábios tecendo
murmúrios de amores
nas asas de beija-flores
como se o mundo
fosse apenas nosso
é muito bom
ser egoista de vez
em quando.

sergio, beija-flor-poeta