sábado, 18 de abril de 2009

a menina gigi


De célula por célula fui me compondo,

paz, carinho, felicidade, magias do amor.

Também alegrias e meros desenganos, ...

engatinhei muito pra chegar onde estou.


Passaram-se meses, passaram-se os anos

desde o então que a vida me fecundou e

hoje , entre os maiores valores, encantos

ainda brota a semente da amizade: a flor


orvalhada no meu peito ainda tão criança,

que mesmo apesar da minha velha idade,

me faz respirar os novos ares da esperança


e continuar néctando minha terna mocidade

acreditando em Deus, fonte de Fé, bonanças,

vou transformando meus sonhos em verdade.

Sérgio, o Beija-flor-poeta

quinta-feira, 16 de abril de 2009

você vai ver



vou ver o que?

como?

como vai você,

cheirosa e dengosa?

Ah, sim !

aí eu fiquei curioso

é sobre cantar pra vc

já estou até me sentndo feliz

risos

eu devia ter dito

você vai ouvir e não vai ver

nossa,

estou ansioso

então vai firme

estou preparado

pra você

quer dizer

pra tua voz

e tuas cantadas

cantarei para você dormir

e não para mantê-lo acordado

para me manter acordado

terei que acariciar

as cordas sonóras

do teu corpo violão

arrancar gemindos harmônicos

em melodias sussurradas

num acalanto

então não dormiremos

segue nessa melodia

a sintonia do nosso riso

acariciando cada pensamento

velejando a nossa escala musical

e então cantarás

em claves de sol

para me despertar

dentro do teu amor

belo, belíssimo

belissíssimo

sentir as moléculas do ar

se latejando

com as carícias do teu olhar

me envenenando

com o canto de sereia

em consonância

com a tua silhueta

vibrando e se contorcendo

num tango argentino

num forró nordestino

num frevo á flor da pele

em plenas ruas de Recife

cheia de linhas e curvas

perpendiculares

e paralelas

tridimensionando

o teu seio

de arara

e de bela

será que se um dia estivermos frente a frente

vou fazer poemas assim como que esse?

será?

será que

ser tivermos frente a frente

não irei trocar a caneta

pelos dedos afiados

e ecrever um recital

à flor da tua pele?

será?

será então

que ainda assim

nascerá dentro de ti

a rima mais perfeita

e teu corpo respirará

o suor poético

do suspiro

da ânsia

da vontade

do prazer

transpirado

pelos póros

de pelos arrupiados

gemidos

acariciados

pelos versos

de bela

de arara

que és.

Será?

você sempre será capaz

de fazer coisas lindas...

e de qualquer forma

de qualquer maneira

de qualquer jeito

será poesia

poesia

é te sentir

mesmo que a distância

ultrapasse

o peito

matando minuto a minuto

o sonho quase real

dos teus lábios

se mordendo

dos teus olhos se arregalando

me devorando

como se fosses uma amazonas

porém nascestes arara

assim tão meiga

tão pura

tão sutil

tão tudo

tão bela

isso é que é poesia


Nossa poesia

E se tu transbordas o meu peito, ...
é que me pegastes assim de jeito
e nem me deixastes sequer respirar
o teu santo nome, meu doce vicejar.

Sereia, acorda os abraços, no leito,
cuja doença é a própria cura, efeito
de em teus carinhos vir me afogar
e suspirar tua harmonia num amar.

Quisera eu, ainda morra de amores,
pois sinto os espinhos das dores,
eles são os que dóem sem rumores.

Se a lágrima que inunda o meu pranto
é apenas esse doce e sensual canto
que encontro em ti: eu te amo, te amo.


o sublime


seria pecado não permitir

o que está na força

do pecado

que teus seios

em versos

me permitem

envolver-te

sublime

é mergulhar maré alta

e me segurar

nas tuas ondas

me me emaranhar nos teus caracóis

sublime é morrer de pecado

sabendo que a vida

nunca foi santa

sublime

é ser teu

simplesmnete isso

está vendo só?

mais uma vez

me encontro perdido

entre os caracóis da vida

no meio da noite

quando a matriz

zero hora badala

é hora de dormir

eu sei

mas os teus encantos

encaracolam

essa hora

que não é mais zero

e sim sublime

pelos teus carinhos

me arrupiando

num canto prometido

um encanto vivo

que somente tu possues

vem

e me leva pra cama

nos teus braços quero acordar

e contigo cantar

cada suspiro

cada sussurar

cada pulso

cada delírio

no segundo exato

que te tornas mulher

e me fazes homem.

Amor.

Sérgio, o Beija-flor-poeta