sábado, 21 de fevereiro de 2009

beija-flor-aprendiz




as palavras desinibidas, em branco escritas
são sentimentos de afrodite, amor e paixão
de relatar vocais alfabéticas da propria vida
sem se deixar inibir e preocupar com a razão

e sigo me entregando aos anseios do coração
sem escolher nem julgar a poesia mais bonita
seja ela por rosa ou por maria, é ela a canção
do terno amor que meu peito grava e te recita

na certeza, de que quanto mais escrevo, aprendo
vou transformando o meu tempo em puro ouro
pois amo o que escrevo, das críticas me sustento

mas nunca mais me deixo arrancar o único olho
que é o da poesia em mim, faminto e tão sedento
sem medo de me identificar, esponho-me o rosto


Sergio, beija-flor-poeta

O girassol da saudade



cada pétala amarela ao teu redor

são pedacinhos da doce esperança

que tenho no peito ainda criança

ressonância em acordes de dó-maior


melodia que vibra no peito e encanta

um despetalar de óperas numa nota só

despertando o espírito do galo carijó

que o amor, em rimas, teu seio estampa


gira girassol e me afasta a tua saudade

que meu peito explode de tanta paixão

viver sem tuas pétalas é pura maldade


pulsa desvairado o meu pobre coração

de amores, de ternura, de ansiedade

pelio néctar da juventude da flor em botão

beija-flor-poeta

sou teu



não te desejo estrela,

te desejo mulher

humana

para poder te tocar

como mortal que sou

como homem que sou

imperfeito

frágil

fraco

amável

romântico

carinhoso

ansioso

desejoso

misterioso

cheio de amor

pronto para se entregar

ao teu seio,

ao teu amor

ao teu mundo

a você

bfp

a flor do amor


oi anjo, hoje ando derretendo neve...

quer fazer amor comigo

ontem dormí mal

pensei muito na delícia

de estar contigo

virei a noite

rolando na cama vazia

era uma mistura de solidão

de tentação

de paixão e algo mais

quero fazer amor contigo

assim animal

racionalmente irracional

morrer dentro de tí

e beber o teu mel

o teu amor

você inteira

ah, como é lindo beijar tuas pernas

brincar com a marca do sol

que a praia deixou no teu corpo

e te fazer uma massagem nas costas

ao me deitar sobre ti

sentindo o teu calor

contando cabelo por cabelo

pêlo por pêlo de tua mata

passeando com a língua

suavemente na tua nuca

beijando teu pescoço

te delirando e arrancando suspiros

deixando a mão passear sutilmente

leve e solta sobre teu corpo

e te matando de tesão

a cada beijo

puxando carinhosamente

cada cabelo de tua vulva

beijando teus lábios molhadinos

em momentos que meus dedos rodopiam

os botões moranguinhos

totalmente empinados e famintos.

vem amor, galopeia minha ternura

e deixa o vulcão da vida erupir

dentro de nós

teu olhar brilhando em chamas

e teus lábios murmurando baixinho:

ái, amor. Te amo.

bfp