Sedento de tudo
Eu, grão de areia
na tua praia deserta
rolei léguas e léguas
mar a dentro
mar a fora
jogado de um lado ao outro
pela maré indecisa
e cruel
sem querer me transportar
me arrastar ao teu porto
me impedindo de ancorar no teu seio
cheio de amores
carinho
felicidades
harmonia
paz
compreensão
vida
morte
foi quando uma brisa
be pegou nos braços
em uma dessas marés altas
cheias de volúptas assassinas
e fui deitado
carinhosamente na tua pele
pude rolar teu corpo
descobrindo tuas linhas
tuas ondas
me dissolvendo
e me unindo ao teu suor
ao teu espírito
e, dentro de tí,
descobrí o mundo maravilhoso que és
foi então que entendí o teu olhar lunático
apaixonado, brilhante de tanto amor
e me encantei com o riso estampado
nos teus lábios de princesa
cansados de degluir
gotas salgadas
de lágrimas roladas
por amores
que nunca aprenderam
a valorizar a mulher que és
Quando cheguei ao teu seio
Encontrei um coração de portas fechadas
Janelas cadeadas
Cujas frestas
Deixavam fugir ráios minúsculos
Oriundos de uma fonte de luz muito grande
Muito maior que o sol terrestre
Batí na tua porta
Não abristes,
Alimentei-me da tua luz
Escorrida pelas frestas das janelas lacradas
Pelo selo da desilusão
Do desprezo
Do amor mal correspondido
Do abandono.
E me tornei guardião do amor
Protejendo a flor
semeada no meu coração
Num dia qualquer da vida
Talvez por discuido
Talvez mesmo por querer
Deixastes a janela entreaberta
e entrei carinhosamente
Pra te encontrar
e afagar a saudade da rosa
Que, de louco, comecei a amar
e fiz dos teus espinhos minha cama
E hoje você tambem me ama
Como é doce contigo dormir
E acordar
Sergio, beija-flor-poeta
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