segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

o sol do seu pôr




cataventos desnorteados
atarentam a minha alma,
ái meu a Deus voltado
pensamento de adeus
que as preces escondem
a pressa de chegar
onde nunca estive
ou mesmo por onde
passei a vida inteira
a me declinar
sobre as notas musicais
do violão quase perfeito
que trazes grafado
no corpo ainda sedento
e cheio de harmonias
dissonantes, amantes
do que sou eu mesmo,
cheio de ansiedades
nesse meu respirar
o que mais desejo
dentre tantas ternuras
são os teus lábios
que me apavoram
quando as pontas
de nossas línguas
se acariciam
dentro da minha boca
quebrando a timidez
e batendo na porta
dos teus lábios
entre suspiros
e respiros afogados
no ar comprimido
entre nós,preso
dentro dos nossos umbigos
hermafroditas, pois
hora sou tua mulher,
outróra minha fêmea,
alma gêmea, totalmente
o oposto do contrário,
o desavesso da solidão.
Eu peco consciente,
pois sei que te amo,
apesar do proibido,
amar-te assim
é somente coisa de loucos,
o que na realidade somos:
um do outro,
ó inesquecível paixão.

Sérgio, beija-flor-poeta

Um comentário:

  1. Sempre estarei aqui pra ler tuas poesias que são belas, gosto muito do que escreves,
    Esta é .. sem palavras parabens..
    Abraços póeticos..Jane

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