domingo, 10 de outubro de 2010

O céu do amor



A morte já não tem pena de mim,
pelo contrário,
morre de medo
do meu fim.
E me pergunto,
o que seria dela
sem essa dependência,
sem esse estado
esquelético da roseira
sem pétalas,
somente espinhos cálidos
pela neve derretendo
ao beijar o peito
ardendo de amor:
vulcão em erupção,
prestes a transformar
tudo em cinzas.

Se morresse agora,
enterra-me no teu coração
e terei acerteza
de que estarei no céu,
no nosso céu.
Sérgio, beija-flor-poeta

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