
chorar vale a pena,
sempre valeu,
sempre vai valer.
E o bem-querer
do que nada quer,
a não ser se perder,
começar de novo,
como se nada havia
tido o seu fim.
Morri pra ti,
amor desvairado,
cujos gritos
ainda sussurram
dentro do globo ocular
das retinas dos ouvidos
enganados pelo vento frio.
Vento safado,
que degluti todo o teu perfume
e me traz os lixos atômicos
da tristeza e das guerras,
da pobreza e das angústias.
A rosa matou o beija-flor:
é tarde, muito tarde !
Sérgio, beija-flor-poeta
Poema melancólico, quase um lamento.
ResponderExcluirBjux