
eu mastigava sílabas,
balbudiava letrinhas,
resmungava palavras,
umas parecidas com " a ",
aquela vogal tão meiga
e tão feminina
que começa o alfabeto,
outras até se assemelham
ao " m " de Maria,
a outra vogal é sanduíche
entre o " i " e o " u ",
a última letrinha,
da qual me lembro muito,
trata-se de uma consoante,
pois o grupo das vogais
se fechou, mas, o que seriam
das vogais sem as consoantes ?
Pensei no " r - zinho ",
assim todo meio tímido
e cheio de um dobrado forte
na língua, movimentando-a
suavemente, como se a boca
fosse um palco iluminado
e ela: " r ", a bailarina
se unindo ao " amor ".
Palavrinha danada de linda,
ainda mais murmurada
baixinho ao pé do ouvido
da pessoa mais que amada.
Amor, que delícia a tua existência !
Sérgio, beija-flor-poeta
Olá Sergio! Como sempre, muito bem inspirado. Eu também adoro essa palavrinha tão pequenina e tão significativa. O que seria de nós, se não fosse o amor? Parabéns meu amigo.
ResponderExcluirAbraços,
Furtado.