sexta-feira, 29 de maio de 2009

Letras do coração



as sílabas acústicas

do violão de helena

são carícias da brisa

de uma ternura plena


que meu olhar arrisca

e se perde nos tremas

ressoando a marisia e

fôssemos almas gêmeas


mesmo assim te amaria

ah, felicidade escancarada

que meu peito guarda


tesouro, riso de esmeralda

que minha dor afaga

essa saudade apalpa e


nos lábios trêmulos guardas

o néctar que me avassala.



- Lindo isso!

vou guardar com as outras com carinho

- vou copiar e te enviar

- mande sim por favor

- vou colocar no blog

- guardo sempre



guarde sempre


as nuvens nêgras

respingam orvalhos

que minha rosa em botão

sonha e de sedenta

se afoga

a cada pingo

suado

caindo céu a baijo

como se o amor

rolasse

gota a gota

ladeira a baixo

aquecendo

o seio

ambulante

na Praça da Sé

embusca

de um frio

em pleno verão

vem,

estendes a mão

e guardas essa semente

assim tão carente

no jardim

do teu coração





te vejo poeta


- risos

te leio poeta



- musa


te vejo poeta

fica tranquilo, não tem

que se desculpar,

eu tenho a agradecer

te leio poeta

vem,

aconchega

a cabeça

no meu ombro

poetas também choram

poetas se apaixonam

eu tenho certeza

fica tranquilo

somente o meu peito

sabe desse desfeito

qu é ser poeta

ah, poeta

que mal seria de ti

sem a musa

sem a princesa

sem a donzela

maravilha

me enterneço

e gosto do que vejo

e do obscuro tambem

o meu maior desejo

seria beijar-te, meu bem

como pode?

como podem os anseios

de uma palavra apenas

sair tão facil

uma poesia

saudades de alguem

poesia, delírio, desvaneio

esse mal de um querer bem

é amor perfeiro, amor

quem manda no meu coração

dá-me asas, meu beija-flor

sinto a sina devorar a razão

sabe

eu estou pensando

agora

que sabor

tem os teus lábios

é tão lindo ver essa sua sensibilidade

tão facilmente aflorar

tem o meu doce sabor

- quantas batidas

arrepias o coração

se me perco no pensares

matei a sina

enforquei a razão

somente pra te sentir

um verdadeiro vulcão

com a distância me matando

e se te encantas

melhor que seja essa loucura

de me perder entres teus lábios

húmidos, arejados

sedentos de amor

paixão e ternura

a matriz badala as oito

a fome aperta

morreremos os dois

hje a noite

vamos nos amar

pelo menos

no último badalar

que nos resta

Sérgio, beija-flor-poeta

Um comentário:

  1. poetas se amam assim, em delírios extasiados de paixão, é um derrame de paixão em forma de palavras que até dá para sentir acontecendo de verdade, pelo menos em nosso interior há um vislumbre da cena, e num beijo escrito sentimos até nossos lábios oscilarem de fato, o coração esquentar, o sexo arder, enfim fazer-te amor.
    Deby, sua poeta de plantão

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