nas entrelinhas
do tempo correndo
entre os dedos mágicos
onde o beija-flor
se perde nas pétalas
do abrir-janelas
saindo da escuridao
desse dia escuro
e mergulhando imenso
na neblina dos olhos teus
a me guiarem
feito cego pelo amor
e pelos carinhos
quando me consomes
pedacinhos por quais
e mais nos afundamos
feito esponja sugando
a última gota orvalhada
de tuas retinas perpendiculares
do segundo de um décimo
assoprando a vida a fora
e nós a dentro: um do outro,
como se o galo
gaguejasse os fusos
desnorteados horários
de um simples olhar
se amarrando
em um nó ocular
entre teu seio
e meus lábios
de beija-flor:
como é doce
te amar suavemente.
Beijos: milhões deles.
Sérgio, Beija-flor-poeta
Balitas e você, minha sorte de estrela
Há um dia