O meu seio tagarela, ainda criança,
na feliz esperança de aquarela
em cores dequiméra, és lembrança
que arco-íres entrança a rosa bela,
cuja paixão, aquela dor estranha,
é espinho que arranha e mata a fera
pelos beijos da bela, se me encanta e
pela dor acalanta a angústia, a espera
de em teus braços estar e amanhecer
quero teu merecer iluminado e nos
encantos enlaçado, o amor viver
no eterno florescer , viva o encantado
e, que assim meio orvalhado o renascer
do sol no amanhecer: flor - beija o amado.
Sérgio, o Beija-flor-poeta