eu
venho
feito brisa
marisca
entre ondas
sonóricas
do seu respirar
pétalas
aguçado
embaixo
dos beijos
entre um bater-asas
um beijar-flores
um se perder
levado
pela melodia
em rítmos
perpendiculares
de tuas curvas
em sintonia
com minhas linhas
retas
de um ser-homem-feliz
ó espinhos da esperança
xingando meu nome
quando consomes
tudo o que te pertence
elouquências
dos sussurros
dos paralelepípedos
fisgando a ponta afiada
do teu salto
alto
muito mais
que as estrelas.
Pousa
no meu bico
de beija-flor
e rimas o riso do amor
contido
nas notas
transcendentes-musicais
dos seus lábios
me levando à loucura
da plena felina que és.
Sérgio, beija-flor-poeta