quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
um vulcão de amor
Seus lábios derretem num sorriso
a pedra fria que a noite traz, amor,
a nosso história não está no abismo
espinhos dos cravos, pétalas de flor
em néctares a razão: estar contigo
em todos os seus passos, onde for,
quero despertar entre beijos aflitos
anseios e desejos no bailar sedutor
de tuas palavras devorando o penar
rimas de beijos, tu és virgem, ó fera
cujas mordidas no coração a degolar
essa loucura imensa, à sina entregar
eu que vivi a vida inteira na espera,
haverei de em seus lábios me acabar.
Sérgio, Beija-flor-poeta
Segredos de Afrodite
Quero todos os segredos
escondidos nas entrelinhas
dos lábios seus, ó deusa,
cujo universo meu suspiro
rouba o que ainda resta
do néctar escorrido
entre as pétalas
dos nossos desejos,
dos nossos anseios,...
Nem mesmo o cair do sol resiste
aos beijos calientes
no momento exato
em que o acorde de nossas vozes
se cruzam em sétimos sentidos
dos seus segredos
de flor
e de mulher:
já me sussurraram
que Barcelona
tem a silhueta mais bela
à luz da lua.
Adones se apaixonou pela rosa
e se entregou ao martírio
que faz um nó na garganta
e deixa quaisquer homens
de pernas bambas.
Afrodite,
não esqueças de fechar a porta
e isolar o mundo lá fora,
pois somente nos resta, agora,
toda a magia do amor
que arde em chamas
dentro de nós.
Sérgio, beija-flor-poeta
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
nas pontas dos pés
assuste o meu coração
dizendo que me amas
e que já esquecestes
as sombras do arco-íris
desbotado pelo branco
já totalmente cinzas
no azul dos lábios meus
desgostos de bailarinas
em plena neblina
invadindo a janela
cerrando os ferrolhos
desse câncer
que é o nosso amor.
Despetale-se em mim,
pois ainda respiro
os últimos segundos
da perfeição eterna
do nosso único mundo
cheio de santidade
pelo menos ao nosso ver.
Não se sabe o que vem:
se a morte,
deglutindo as brasas da vida,
ou se a vida,
saboreando os oceanos da morte.
Sérgio, beija-flor-poeta
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