quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

suspeitas do amor


Alguém te ama,
não sei quem sou!
Suspeito de mim
e tenho a certeza
que não é outra pessoa,
fico desconfiado,
isto é, suspeitado
de que se trata
de alguém
que te quero
muito bem.
Se o seu coração
for invadido
por segundas intenções,
não duvide
dos sentimentos,
apenas ame.

Beijos

Sérgio, Beija-flor-poeta

sorriso



quebre o gelo,
morda a maçâ sem descascar,
mate a sede,
belisque-me todo,
deixe-me sonhar contigo,
afoga-me em ti,
quero ser teu,
seja Deus,
seja Orfeu,
seja Zeus,
proíba-me
de ser eu mesmo
e me espinho
nas lágrimas,
no frio lá fora,
no ferver por dentro
de mim,
rasgando a alma,
triturando em pedaços
o que restou
desse meu ser.
Acorda
que é hora de amar !

Sérgio, beija-flor-poeta

saudades de ti.

Bjs

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

102 anos de Oscar



Será que o Sr. Oscar Niemeyer
poderia fazer um projeto
pra uma nova ponte que liga
a capital do Estado do Maranhão
com o resto do Brasil?
Naturalmente
seria um projeto caritativo,
pois o governo maranhense,
pelo que me parece,
somente está interessado
em restaurar a ponte
que sempre ameaça a cair
e ser uma vergonha nacional.
Bom, também devo dizer
que se deve mobilizar grupos caritativos
e doadores, e empresários, e quem sabe,
o próprio governo federal,
para fazerem uma vaquinha
pra levar esse suposto projeto
de manter ligada a capital do Estado
a esse mesmo.
Imaginem um Estado sem cabeça,
isto é, sem capital,
ou mesmo com sua capital isolada,
sinônimo de cabeça decaptada,
talvez pela guilhotina afiada
dar foças políticas-familiares
que lutam pra materem o poder
das raízes fincadas no congresso,
nos palácios governamentais,
em muitas prefeituras,
pois a ponte é digna
de um "padre nosso
seguido de muitas Ave-marias.
Nem se fala da estrada, uma vergonha.

Nenhum político faz bem algum
pra sociedade, mas, é de pura obrigação,
como representante do povo,
representá-lo em todos os objetivos
educacionais, políticos, religiosos,
econômicos, HUMANOS,
pois é esse quem paga com tributos
seus salários.

Visite o Maranhão, mas,
curta o luxo de uma viagem de ônibus,
pois avião não tropeça nos buracos
tapados de última hora.
É um zigue-zague infernal
e com mal estar garantido.

Feliz aniversário e saúde, felicidades mil

Sérgio, beija-flor-poeta

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

o sol do seu pôr




cataventos desnorteados
atarentam a minha alma,
ái meu a Deus voltado
pensamento de adeus
que as preces escondem
a pressa de chegar
onde nunca estive
ou mesmo por onde
passei a vida inteira
a me declinar
sobre as notas musicais
do violão quase perfeito
que trazes grafado
no corpo ainda sedento
e cheio de harmonias
dissonantes, amantes
do que sou eu mesmo,
cheio de ansiedades
nesse meu respirar
o que mais desejo
dentre tantas ternuras
são os teus lábios
que me apavoram
quando as pontas
de nossas línguas
se acariciam
dentro da minha boca
quebrando a timidez
e batendo na porta
dos teus lábios
entre suspiros
e respiros afogados
no ar comprimido
entre nós,preso
dentro dos nossos umbigos
hermafroditas, pois
hora sou tua mulher,
outróra minha fêmea,
alma gêmea, totalmente
o oposto do contrário,
o desavesso da solidão.
Eu peco consciente,
pois sei que te amo,
apesar do proibido,
amar-te assim
é somente coisa de loucos,
o que na realidade somos:
um do outro,
ó inesquecível paixão.

Sérgio, beija-flor-poeta

O cavaleiro do amor



Eu queria morrer de paixão,
eu queria,
não fossem teus lábios,
existir-me-ía não.

Eu queria amargurar a ânsia
dentro do peito,
lugar denso onde chamas
queimam as esperanças
feito lenha, ...
aquece-me o teu seio
correndo em minhas veias
como se fosse o teu néctar
uma gota de cachaça
lavando o corpo
e poluíndo a alma
com o que de mais belo há.

Silenciar-me-ía,
não fossem os gritos
dos ráios lunáticos
que tuas retinas erradiam
e se embrulham com os meus
para formarem um novêlo
de fitas: arco-íris do amor.

Sérgio, beija-flor-poeta

domingo, 13 de dezembro de 2009

Motivo para amar !




As chamas
dos flócos de neve
derretendo suavemente
sobre a silhueta
de tuas pétalas
ardentes e arrupiadas
com as carícias
do navio errante
cortando o gelo dos mares,
onde me sinto um peixe
perdido na ânsia
de poder ancorar
em teu porto seguro,
ó deusa das ondas
do orvalho que me lava
as tristezas da distância
que nos separa
em um vão momento,
posto que o teu riso
trespassa a minha alma
que sente uma saudade
imensa de ser flechado
o peito em dois rasgado
pelo teu lindo olhar,
tão lindo assim
nunca vi,
nem mesmo nas estrelas,
nem mesmo no doce luar
queimando o sol
ao trespassar as nuvens
cinzas, onde se escondem
a magia e o mistério
dos teus encantos
de donzela e princesa,
ó meiga flor purpurina:
como é belo te amar,
perdido e loucamente
sem sentidos
no exato momento
em que nossas retinas
se cruzam na esquina
da vida cheia de espinhos
e se prendem carinhosamente
no mais sensual laço de fitas
que são nossos abraços,
esse calor eterno,
nossa própria imortalidade.

Sérgio, beija-flor-poeta