terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Baila-se o fado

A alma silencia para escutar a voz
Aquela que canta e encanta a vida
E que eterniza o amor, vilão algoz
E celebra a dor, a angústia sofrida

A esperança contida nos girassóis
A alegria da chegada, a despedida
De quem tanto se ama; o albatroz
O guerreiro, o cravo e a margarida

O brilho nos olhos, o sabor da maçã
A energia que exala entre os corpos
Eterno bailar o fado durante a manhã

É a fé que enflama anseios mórbidos
E que nos escraviza numa vida pagã
E o fado a nos ressuscitar dos mortos.

Sérgio, beija-flor-poeta