essa alma inconsequentemente absurda
de uma poesia incansável, sangue-suga
se alimenta de mim e não eu dela, surda
para o vento, cega para o tempo, coruja
no galho noturno de uma mangueira,cuja
fome, doença social, é um caroço, uma muda
de silêncios e gritos mórbidos de morte crua
entre desgostos e alvoroços nas vias,nas ruas
de uma poesia viva, sugando minha mente
meu coração, minha alma e se alimentando
do meu espírito cansado, estupefado, carente
de um querer respirar, na certeza talvez errante
que eu não me alimente dela, ela mesma, porem
a cada verso,num coreografar de prima bailarina: ...
me consome.
sergio, beija-flor-poeta