Beije a flor de sua vida
ou o seu cravo perfeito
é melhor viver perdidas
a morrer de dor no leito
nas pétalas - margarida
nos braços - o desfeito
do amor na sua partida
pretérito mais que feito
e ainda viva mais tarde
o pulsar insano coração
silhuetas em dó à parte
beija-flor: entregas não
teu mais venoso néctar
acalenta-me a perdição.
Munique: o amor nunca se aquece
com a termicidade dos flócos de neve
derretendo por amor à primavera,
rosas trespassando o gêlo.
Sérgio, beija-flor-poeta