![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvczOR6SerKdxrfVU4EK8ZvF3Unc45q9fQvRL0lxBVFmBS0nupjNoPDxoPc5r5s9EQUDGbpNjJK9DNvyY4fejDikjlBhYLelr0neMBwRlCByUzYkZkEh9X6P51voh166ub7UHHvI7RYiYr/s320/beijp.gif)
Amor,
teus olhares me devoram,
teu perfume me enlouquece,
teu néctar me envenena
e teus beijos me afogam.
Não, não rias,
divina seja sempre
a comédia humana,
essa a Deus engana,
se o melhor mesmo
é ser enlaçado
pelo teu seio
em pétalas.
Ó rosa dos ventos,
tu roubas os pensamentos
outróra meus, hoje seus,
esse seu mágico delírio
de seres a minha perdição
me fez presa no labirinto
que é esse amor,
essa ânsia,
essa esperança
contida entre os lábios
dos beijos que tanto desejo
como veneno
no final da chama
dessa vida vivida
aos teus carinhos:
acalantos em plena
auróra.
Depois de cada erupção
vulcânica, ó rainha,
sempre há uma nuvem,
que por mais nêgra que seja,
sempre traz consigo
as cinzas do meu eu
que ainda sofre e padece
à espera do teu botão,
ó donzela da minha vida.
Sérgio, beija-flor-poeta