não me vicie
o amor é perigoso demais,
é poço de água parada
e todos sabemos
que águas paradas
são profundas.
Tudo bem,
eu sei nadar,
aprendi aos cinco anos
atravessando o rio
onde nasci,
pulando da cabeceira da ponte
e mergulhando nas correntezas
dessa vida de lutas.
Entretantos,
no mar de amor
posso bater os braços,
jogar as pernas pra todo lado
e nem golfinho vai me salvar
das águas sem cabelos,
então eu vou me afogar,
a não ser que me socorras
no último instante
em que respiro teu santo nome,
ó rosa proibida.
Sérgio, beija-flor-poeta