fazer poesia ?
pra quê,
se os quês poéticos teus
num olhar erradias
estrelas labiais
e agarradas
e presas aos dedos
de mulher,
cujo nome sinônimo
de felicidades é.
E ainda pensam os tolos
que o pensamento
se encontra
no contato
entre o bico de pena
e o papel branco
ainda virgem
implorando
pelos teus delírios,
pelos teus amores,
pelas tuas dores,
pelo olhar faminto
e pelos lábios ardentes
em chamas de poesias.
Tu, aquela flor
que um dia
assinou um página em branco
e declamou uma poesia surda
e fez o mundo enxergar
versos em branco.
Tu és poesia.
sergio - bfp