
A arte das palavras
e a expressão vocal dos suspiros delas
me fazem delirar
e viajar entre gotas de orvalhos
da imaginação tão terna
e cheia de um se deleitar
e deglutir a vida,
fosse ela uma rosa,
cujo botão em toda primavera se despetala
e se afoga por amor em verão alto
e se recolhe ao chão de um outono
carente e melancólico
de uma paixão exuberante.
Então
a neve do pensamento
guarda carinhosamente a semente
do botão ainda em vida,
preparando-a
para uma nova primavera:
a do amor.
Sérgio, o amigo e beija-flor-poeta