terça-feira, 24 de agosto de 2010

Nunca



o beija-flor que te beijou

um certo dia

na escuridao do tempo

ainda é o mesmo

e nunca irá pousar

em outro jardim

à procura da rosa

que tanto ama.

Se um dia

ressecares e tuas pétalas

se unirem à terra

carente de orvalhos,

nao quebre os epinhos,

pois que

eu hei de me perfurar

o coracao por ti latente.

Nenhum beija-flor

consegue viver

sem a sua rosa.


Beijos, amor:

beijos.


Sérgio, beija-flor-.poeta
O a Deus !

é muito tarde pra sair da minha vida
é muito tarde pra te esquecer
é muito cedo pra sair da minha vida
é muito cedo pra te esquecer

e, se for pra morrer de amores
que me espinhem as pétalas
e cálidos os espinhos das flores
que seja meu peito uma pedra:

duro por fora, mole por dentro
e no seu mais tardar lamento
sejas meu o somente alento

se te vais embora,
cortas minas asas
e arrancas do peito o coracao
que por ti maluco está
e, se ainda assim
dizeres o adeus,
que o a Deus
seja entao o meu fim.

Sérgio, beija-flor-poeta