segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Poesia viva



essa alma inconsequentemente absurda
de uma poesia incansável, sangue-suga
se alimenta de mim e não eu dela, surda
para o vento, cega para o tempo, coruja

no galho noturno de uma mangueira,cuja
fome, doença social, é um caroço, uma muda
de silêncios e gritos mórbidos de morte crua
entre desgostos e alvoroços nas vias,nas ruas

de uma poesia viva, sugando minha mente
meu coração, minha alma e se alimentando
do meu espírito cansado, estupefado, carente

de um querer respirar, na certeza talvez errante
que eu não me alimente dela, ela mesma, porem
a cada verso,num coreografar de prima bailarina: ...


me consome.


sergio, beija-flor-poeta

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