ainda acordada
e revirando sonhos
entreabrindo frestas
entre nuvens
de orvalhos na face
noturna, madrugada
a dentro, invadindo
minha porta estreita
e me convidando
pra amar tuas pétalas
e navegar tuas ondas
tão cheias de sol,
tão cheias de sal,
tão cheias de magias,
tão cheias de tí,
E até me pego
quase meio surpreendido
pelo teu arrupio
quando teus cabelos
me ponho a contar,
um a um,
enlouquecendo contigo
ao sentires a raiz
fisgada dos pêlos
do teu ser mulher
a me fazer delirar,
a me fazer homem.
Então nossos corpos
gemidos, sussurrados,
suados, amados,
cavalgados, galopados
e estraçalhados pelo
amor vampiro
sob luares fagulhados
em pratas.
E quando a brisa beija
o perfume do teu néctar
transamazônico
invadiu minha janela escancarada
e me fez respingar grãos de areia
nessa praia serena, terna,
arrupiada pelo vento faceiro
que acabara de disvirginar
o seio da nossa mata atlântica,
ó doce, tão doce amazonas,
índia-mulher toda bela,
simplesmente bela,
muito mais que bela:
belíssima.
sergio, beija-flor-poeta
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