quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

oásis



Sedento de tudo

Eu, grão de areia

na tua praia deserta

rolei léguas e léguas

mar a dentro

mar a fora

jogado de um lado ao outro

pela maré indecisa

e cruel

sem querer me transportar

me arrastar ao teu porto

me impedindo de ancorar no teu seio

cheio de amores

carinho

felicidades

harmonia

paz

compreensão

vida

morte

foi quando uma brisa

be pegou nos braços

em uma dessas marés altas

cheias de volúptas assassinas

e fui deitado

carinhosamente na tua pele

pude rolar teu corpo

descobrindo tuas linhas

tuas ondas

me dissolvendo

e me unindo ao teu suor

ao teu espírito

e, dentro de tí,

descobrí o mundo maravilhoso que és

foi então que entendí o teu olhar lunático

apaixonado, brilhante de tanto amor

e me encantei com o riso estampado

nos teus lábios de princesa

cansados de degluir

gotas salgadas

de lágrimas roladas

por amores

que nunca aprenderam

a valorizar a mulher que és

Quando cheguei ao teu seio

Encontrei um coração de portas fechadas

Janelas cadeadas

Cujas frestas

Deixavam fugir ráios minúsculos

Oriundos de uma fonte de luz muito grande

Muito maior que o sol terrestre

Batí na tua porta

Não abristes,

Alimentei-me da tua luz

Escorrida pelas frestas das janelas lacradas

Pelo selo da desilusão

Do desprezo

Do amor mal correspondido

Do abandono.

E me tornei guardião do amor

Protejendo a flor

semeada no meu coração

Num dia qualquer da vida

Talvez por discuido

Talvez mesmo por querer

Deixastes a janela entreaberta
e entrei carinhosamente

Pra te encontrar
e afagar a saudade da rosa

Que, de louco, comecei a amar
e fiz dos teus espinhos minha cama

E hoje você tambem me ama

Como é doce contigo dormir

E acordar

Sergio, beija-flor-poeta

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