quinta-feira, 18 de junho de 2009

Riso maroto




Chegastes assim meio matreiro,
hábito do querer tudo e nada,
íris dos arcos, voz do seresteiro,
cantos, amor, paixão enluarada
onde a banda o fez mais inteiro:

Beco sem saída, na madrugada
um acorde na voz do gondoleiro
atravessando a tempestade da
roda-viva de oito cordas,violeiro
que se entrega ao seio, amada,
uma nota musical, amor-arqueiro
entre a cruz e lâmina da espada

devaneios do amor em carnaval
esperando ser sapateado: riso

hoje, ontem e sempre - marisco
o bailar das dissonâncias de ti,
linha por linha, ondas, precipício
lá, dó, ré, mi, fá sol: nosso vício
acalantos quando eu não sorrir
não que seja o último suspiro
da viola acariciada, meu amigo
antes tarde do que nunca: feliz.

sergio, beija-flor-poeta

poema ao aniversário do amigo Chico Buarque

Um comentário:

  1. Bela homenagem para o maior poeta brasileiro(na minha opinião). Parabéns.
    Beijos

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