beijos doces
feche os olhos
e sinta o calor da minha respiração
bem pertinho dos seus ouvidos,
escute os meus suspiros
quase que silenciosos,
arrupie-se ao calor dos beijinhos
à flor da pele,
no canto esquerdo dos seus lábios,
roçando-os de leve
e beijando com ternura
o outro canto
de sua boca.
Nossos lábios,
frente à frente
de olhos fechados
sentimos um tremer de pernas,
um frio saindo da barriga
e correndo pelas ecostas acima,
nossos lábios se acariciam
e se arrupiam cada centímetro redondo
de nós dois,
todos os cabelos e pêlos espalhados
por nossos corpos ficam estarrecidos,
de pé, ...como se acabássemos de levar
um chóque de tantos desejos e anseios.
num tóque bem sutil e suave
Nossos lábios se abrem
e numa fresta,
meia que casual, mais que proposital,
como se nossos lábios implorassem reciprocamente
pelo beijo que tanto queremos roubar
um do outro, a boca já cheia de água
e uma sede enorme alaga a súplica final,
fatal pros beija-flores que se amam
e ficam pairando no ar infinito
espêlho no jardim encantado
que são nossas vidas.
Escuta-se um beijo estalado
circulando nossos corpos,
invadindo nossos póros:
beija-me, suplicamo-nos impiedosamente
Escuta-se um beijo estalado
circulando nossos corpos,
invadindo nossos póros:
beija-me, suplicamo-nos impiedosamente
no mesmo espaço de tempo
interrompido num longo décimo de segundos:
somos um na nossa eternidade.
interrompido num longo décimo de segundos:
somos um na nossa eternidade.
Sérgio,beija-flor-poeta
Gostei muito.
ResponderExcluirBjux
adoreiii seu espacooo!
ResponderExcluirai vai um poema que eu gosto muito:
~ Soneto 92 ~
Faz teu pior pra mim te afastares,
Enquanto eu viva tu és sempre meu,
Não há mais vida se tu não ficares,
Pois ela vive desse amor que é teu.
Por que hei de temer grande traição
Se tem fim minha vida com a menor;
De vida abençoada eu sou, então,
Por não estar preso ao teu cruel humor.
Tua mente inconstante não me afeta,
Minha vida é ligada à tua sorte;
Como é feliz o fato que decreta
Que sou feliz no amor, feliz na morte!
Porém que graça escapa de temer?
Podes ser falso e eu sequer saber.
William Shakespeare