Desmoronou-se
o arco da íris
ao flechar tuas pétalas
ensanguentadas
pelos beijo-flores
em pleno inverno
e eu cansei
de ser apenas eu mesmo,
a partir de agora
serei mais você.
Despenou-se
as asas do futuro
sem o teu néctar
aonde voarei,
se tu me persegues
em mim mesmo,
bem dentro de mim ?
Deita sobre meu mundo
e deixa os seus beijos suaves
cairem feito flócos de neve
sobre o peito despetalado
derretendo à flor da pele
que te espera e te guarda
ao beber,
ao sugar
todo o teu ser, meu amor.
Morda-me,
quero a tatuagem
dos seus dentes
vermelhos
e seus lábios ponteagudos
no pé do meu ombro,
aqui, bem aqui
no lado direito
onde comeca a minha nuca,
aqui, bem aqui,
atrás da orelha esquerda.
Amor vampiro é assim mesmo:
pega, morde, gruda
e nao larga da camisa branca
implorando o seu batom
cor de amor,
cor de felicidades.
Sinto-me no sétimo céu, ...
onde estais ?
Por favor,
nunca deixe a incerteza
ser mais certa
do que a certeza
de estar morto nos seus braços
eu, beija-flor sem asas.
Sérgio, beija-flor-poeta
Não perca as suas asas, assim você não poderá mais beijar tantas flores que estão em seu caminho.
ResponderExcluirBjs