terça-feira, 28 de julho de 2009

arrilias de um beija-flor



por um certo instante
sinto saudades de um riso
um olhar agatinhado
um aconchego de arrepios
como se o tudo fosse nada
quando me perco em ti,
ó visão ocular enluarada
tipo ametista, esmeralda
cujo poder natural de luz
acaricia meu ser
na escuridão sem fim

não digo te amo
para nao te iludir
nem digo te quero
para nao sonhares em vão
nem mesmo te implóro
pra preencher o meu vazio,
póde ser que me apaixono
e acabo por me viciar
no amor que nos une

não tenho pavor dos espinhos,
eu me encontro apenas sozinho
sentindo a tua falta,
profunda e imensa:

beijos, aqueles que guardei
no fundo da lagoa
para te entregar
quando roubares
elegantemente
meu último suspiro
de amor.

sergio, beija-flor-poeta

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